Mercado de dermocosméticos movimenta R$ 12,3 bilhões e cresce 8,3% em 12 meses

Mercado de dermocosméticos movimenta R$ 12,3 bilhões e cresce 8,3% em 12 meses

O mercado de dermocosméticos movimentou R$ 12,3 bilhões nos últimos 12 meses até julho de 2025, registrando crescimento de 8,3% em relação ao mesmo período de 2024. Os dados foram apresentados pela IQVIA durante o workshop Farmácia do Presente, promovido pelo Retail Farma Brasil.

O incremento total foi de R$ 945 milhões, sendo R$ 796 milhões provenientes de lançamentos. A subcategoria de cuidados com os lábios é exemplo dessa tendência. Impulsionada pelos produtos da linha Carmed, da Cimed, lançados entre 2023 e 2024, ela chegou a crescer 98,5%. Contudo, já apresenta sinais de leve retração, segundo Katya Erdmann, responsável pelo hub dermo da IQVIA.

O estudo revela que a proteção solar representa 34% do faturamento do setor, seguida pelos cuidados com o corpo (27%) e cuidados com a face (13%).

Apesar de manter participação superior a 30% desde 2021, a proteção solar registrou crescimento abaixo de dois dígitos pela primeira vez em quatro anos, reflexo da sazonalidade. Ainda assim, segue relevante: dos R$ 4,16 bilhões movimentados pela categoria, R$ 238 milhões vieram de novos produtos.

Já os cuidados com o corpo foram o destaque do período, com alta de 22,4% e ganho de três pontos percentuais na participação de mercado.

O levantamento também destaca o crescimento das marcas nativas digitais. A Principia já ocupa a nona posição entre as 15 maiores do setor, superando nomes tradicionais como a Bayer e a divisão de marcas próprias da RD Saúde.

Em julho, a empresa liderava o segmento de anti-seborreicos com 18% de participação. Também se destacou em anti-idade (15%) e proteção solar (3%).

As lojas físicas responderam por 83% das vendas de dermocosméticos até julho de 2025, embora tenham perdido dois pontos percentuais em comparação ao período anterior. Mesmo as marcas digitais dependem desse canal: Beyoung (68%), Creamy (64%), Ollie (86%), Principia (88%) e Sallve (77%) registram a maior parte de suas vendas em pontos de venda físicos.

“As farmácias são vistas como fonte de descoberta de novos produtos, o que estimula a compra”, afirma Katya.

No varejo físico, as farmácias lideram em categorias como cuidado dos lábios (60% nas grandes

redes e 30% nas não-grandes redes) e proteção solar (57% e 38%, respectivamente). Também têm peso relevante em higiene oral (47% e 24%).

No ambiente digital, porém, a representatividade é menor. Entre os sites e aplicativos das grandes redes, as participações variam de 4% em desodorantes a 21% em cuidados com os lábios. Já nas farmácias de menor porte, a presença online é ainda mais tímida, com destaque para higiene oral (5%) e protetor solar (10%).